quarta-feira, 3 de março de 2010

Mentos com coca-cola

A ciência por trás do Mentos com Coca Cola


Poucas curiosidades inúteis fizeram tanto sucesso quanto misturar Mentos com Coca-Cola. Olha só o resultado de uma busca que acabei de fazer no YouTube:

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Todo o mundo admira os efeitos, mas o fato é que ninguém até agora tinha conseguido dar uma explicação razoável para a reação quase explosiva que acontece quando se joga um Mentos dentro de uma garrafa de coca diet.

Os Caçadores de Mitos bem que tentaram, mas acabaram dando uma explicação tão "mitológica" quanto as baboseiras que eles se gabam de desvendar.

A "resposta definitiva", a ciência por trás dessa mistura sem sentido, mas divertida de se ver, surgiu agora com a publicação de um estudo feito por Tonya Coffey, professora de física na Appalachian State University, nos Estados Unidos.

Uma explicação muito encontrada em buscas sem rigor pela Internet é que a fonte de coca cola que jorra é gerada por uma reação ácido-base. A Dra. Coffey não encontrou nenhum fundamento nessa teoria, descartando-a por meio de uma medição simples de pH antes e depois da reação - a acidez não muda.

A cafeína, apontada como uma das responsáveis pela reação pelos Mythbusters também não interfere: Coca com e sem cafeína produzem os mesmos efeitos.

Qual é então a resposta definitiva?

É o crescimento espetacular de bolhas de dióxido de carbono que acontece graças às características físicas e químicas do Mentos. A superfície rugosa da bala acelera o crescimento das bolhas quebrando as atrações polares entre as moléculas de água, criando regiões onde as bolhas podem crescer livre e rapidamente.

O Mentos também tem uma alta relação entre superfície e volume - traduzindo, ele é poroso - o que cria muitos pontos de crescimento das bolhas.

O surfatante, uma espécie de sabão, presente no Mentos também é importante para a reação porque ele quebra a tensão superficial da coca cola, aumentando a quantidade de bolhas geradas.

Outro fator importante é que o Mentos é pesado e afunda rápido. Assim ele faz o seu trabalho lá fundo, gerando um monte de bolhas que, ao subir, geram ainda mais bolhas, criando um efeito literalmente em cascata.

O artigo científico explicando tudo em detalhes está publicado no American Journal of Physics. A revista New Scientist fez um vídeo, mais um, de cobertura da pesquisa.

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